A poucas horas do final da campanha, Alberto João Jardim junta mais duas às mais de 4 mil inaugurações feitas durante os 37 anos de presidência do Governo Regional e entra definitivamente na campanha eleitoral.
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Depois de almoço, no Porto de Pesca do Caniçal, a inauguração de um novo atuneiro. Ao final da tarde, as obras já terminadas, relativas a trabalhos no novo cais-terminal de cruzeiros do Porto do Funchal, num valor aproximado de 18 milhões de euros, de acordo com o Governo Regional. Uma obra contestada pelo anterior presidente da Câmara e atual líder do PSD, Miguel Albuquerque.
Depois do silêncio durante a campanha, a pergunta que já se faz sobre a presença do presidente demissionário nas duas iniciativas é: com disponibilidade e/ou tempo para influenciar os resultados do próximo domingo? Certo é que, em recta final de campanha, a cobertura mediática vai conseguir ofuscar muitos dos que, favoritos ou menos favoritos, procuram ter lugar nos assentos da Assembleia Legislativa Regional.
Em Janeiro, durante o XV congresso do PSD-Madeira, que consagrou Miguel Albuquerque como novo líder do PSD regional, Alberto João Jardim foi claro: «A maior alegria que eu posso ter na política é este novo ciclo, que agora se iniciou, começar com uma grande vitória por maioria absoluta». Para já, as sondagens parecem ir ao encontro do desejo expresso pelo ex-líder dos social democratas madeirenses.
Alberto João Jardim apresentou o pedido de exoneração do cargo de presidente do Governo Regional a 12 de janeiro, quase 40 anos depois de ter chegado ao poder. As eleições antecipadas de 29 de março, na Madeira, acontecem na sequência do pedido.
Vão a votos onze listas: oito partidos (PSD, CDS, BE, JPP, PNR, MAS, PND e PCTP/MRPP); e três coligações: Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), CDU (PCP/PEV) e a Plataforma de Cidadãos (PPM/PDA).