O encerramento da maternidade de Portimão levou à denúncia por parte dos enfermeiros portugueses.
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Os enfermeiros do bloco de partos do Hospital de Faro garantem fazer em conjunto 1.800 horas extraordinárias mensais, ter dois mil dias de folga por gozar e, nalguns períodos, trabalharem 16 horas seguidas.
O encerramento da maternidade de Portimão e a sobrecarga do Hospital de Faro foi a gota de água para os profissionais de enfermagem que trabalham no bloco de partos do hospital da capital algarvia virem denunciar a situação. Sindicato dos Enfermeiros Portugueses alega que as profissionais do bloco de partos "estão esgotadas, estão exaustas". Nuno Manjua, dirigente sindical considera que estas profissionais "já chegaram ao nível da suportabilidade". " Estão 40 enfermeiras ao serviço, quando deviam estar 70 profissionais", adianta. O sindicato estima que as 1.800 horas mensais extraordinárias realizadas pelas enfermeiras seria o equivalente a contratar mais 10 profissionais para o serviço.
De acordo com o sindicato, o número de enfermeiros existentes neste serviço está abaixo do necessário para assegurar uma prestação com qualidade e segurança às mulheres grávidas e recém-nascidos.
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Perante a situação, que diz estar "no limite", o sindicato deixa o aviso de que pode estar em causa o encerramento da sala operatória de cesarianas do hospital de Faro.
Do Ministério da Saúde e da administração hospitalar pedem resposta urgente e exigem um plano de contingência em que sejam também envolvidos os enfermeiros. "As enfermeiras têm dado tudo por tudo e o que estão a deixar agora é um alerta a dizer que não aguentam mais, não vão conseguir dar resposta", sublinha.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses vai enviar até ao final da semana um abaixo-assinado à administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve e ao Ministério da Saúde dando conta destas preocupações.
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