O aviso é do luso-americano que gere 500 escolas nos Estados Unidos. À TSF, Alberto Carvalho sublinha que o modelo de gestão independente tem muitas virtudes, mas é preciso avançar devagar.
Corpo do artigo
A possibilidade de entregar a propriedade e a gestão de estabelecimentos públicos de ensino a professores foi uma ideia sublinhada no "Guião para a reforma do Estado", que o vice primeiro-ministro Paulo Portas anunciou há duas semanas.
Em declarações à TSF, o luso-americano Alberto Carvalho, responsável pelo 4º maior distrito escolar dos Estados Unidos, em Miami, diz que se trata de uma boa ideia, mas é preciso avançar com muito cuidado.
Do outro lado do Atlântico é um modelo que existe há muito tempo, onde há escolas que recebem dinheiro do Estado mas podem ser geridas por professores, associações ou grupos de pais.
Alberto Carvalho fiscaliza o trabalho de 520 escolas e 120 são deste tipo e aconselha ao Governo cuidado. Pode ser uma boa ideia, afirma, mas é preciso uma fiscalização forte do Estado e recorda que ele próprio já teve de fechar algumas destas escolas.
Nos Estados Unidos, estas escolas independentes, mas com financiamento público têm conseguido bons resultados sobretudo quando trabalham em parceria com o Estado e em zonas carenciadas.
A enveredar por este caminho, Alberto Carvalho, que já recebeu o chamado Nobel da educação americano, aconselha Portugal a avançar de forma experimental.