A Estradas de Portugal confirmou, esta quarta-feira, que os dados usados pelo antigo secretário de Estado, Paulo Campos, na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas constavam de um estudo feito pela consultora KPMG.
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Capa para trás, capa para a frente, a KPMG tinha acusado Paulo Campos de usar indevidamente uma capa com o logótipo da empresa, atribuindo-lhe a autoria de documentação que não tinha sido elaborada pela consultora.
Ora, esta quarta-feira no Parlamento, Rui Dinis, administrador das Estradas de Portugal confirmou que, afinal, aquele era o estudo que tinham encomendado à KPMG.
Em causa, a renegociação dos contratos das antigas SCUT. A polémica em que a oposição acusa Paulo Campos de ter lesado o Estado.
Mas os números do ex-governante não batem certo com os números do PSD. E, quando foi ouvido na comissão, Paulo Campos sustentou a argumentação em dados que vinham com uma capa da KPMG.
É tudo uma questão de capas. Bruno Dias, do PCP, resumiu a discussão a um adjectivo: «lamentável».
Sobra ainda a audição à KPMG e ao secretário de Estado das Obras Públicas na próxima sexta-feira.