Três dias antes do fim do prazo, o Ministério da Educação divulgou esta madrugada o guia da prova de avaliação dos professores, marcada para o dia 18 de dezembro.
Corpo do artigo
A prova divide-se entre questões de escolha múltipla, que valem 80 por cento do total, e um item de construção, no qual é pedido aos professores que escrevam um texto com base no acordo ortográfico em vigor, entre 250 e 350 palavras. Esta questão corresponde a 20% da classificação.
Os professores que na construção do texto tiverem mais de dez erros de ortografia, de pontuação ou de morfologia serão classificados com zero valores. Assim como os que se afastarem do tema pedido ou tiverem mais de seis erros de sintaxe.
As falhas de acentuação ou de translineação, assim como o uso indevido de letra minúscula ou maiúscula inicial também são considerados erros de ortografia.
No guia da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades, publicado na página eletrónica do Instituto de Avaliação Educativa, os avaliadores também vão ter em conta critérios como o respeito pelo tema proposto, a adequação da estrutura do texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão, assim como a coerência e clareza na apresentação das ideias e dos argumentos.
Quanto às questões de escolha múltipla, e que valem 80% da prova, só são consideradas as respostas que registarem de forma inequívoca a única opção certa.
As respostas devem ser dadas em folha própria, só pode ser usado caneta preta. A prova terá a duração de duas horas.
Contactado pela TSF, João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação (FNE) considera que a estrura do exame confirma a inutilidade da prova, não acrescenta nada nem diz nada sobre conhecimentos dos professores.
Também César Paulo, presidente da Associação de Professores Contratados, considera o modelo da prova redutor e desfasado da realidade, pois obedece a uma pura lógica matemática e não serve para mostrar conhecimentos.