Os professores falam de uma estratégia de «pressão psicológica», pois continuam sem saber quais vão ser as regras do exame a que vão ser submetidos daqui a um mês.
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O prazo legal para o Ministério da Educação divulgar mais informação sobre os moldes do exame termina a 24 de novembro, mas os professores contratados consideram que a data não deixa tempo suficiente para a preparação para a prova.
O presidente da Associação Nacional dos Professores Contratados (Anvpc) acredita que haverá aqui uma estratégia de «pressão psicológica» da tutela. César Israel Paulo queixa-se que os docentes não fazem ideia do que vai surgir na prova.
«Nesta altura do campeonato, ninguém faz a mínima ideia sobre o que vai incidir nesta prova. É lamentável que o Ministério da Educação tenha o cuidado de alertar todos os anos os professores para a marcação e calendarização de testes, e numa situação de avaliação dos próprios professores não se digne sequer a avisar sobre os conteúdos para os professores se prepararem», denuncia.
César Israel Paulo acredita que se trata de «pressão psicológica sobre os professores no sentido de muitos deles desistirem antes mesmo de fazer a prova. Isto é uma forma de limitar o número de candidatos e poder acenar com a bandeira à União Europeia de que não estão a ser violadas as entradas para vínculo no quadro».
Contactado pela TSF, o Ministério da Educação esclarece que esta prova não exige preparação específica. Acrescenta que se trata de uma prova que pretende comprovar a existência de requisitos mínimos de conhecimento para lecionar qualquer disciplina, área disciplinar ou nível de ensino, como a leitura, escrita, raciocínio lógico e crítico. O ministério reforça que são sobre estas matérias que incide a componente comum da prova, pelo que as informçaãoes relativas a esta serão divulgadas dentro dos prazos previstos.
Esta sexta-feira, arranca o período dado pelo Ministério da Educação para que os professores adiram ao processo de rescisão por mútuo acordo com o Estado.
O Ministério enviou ao sindicatos de professores uma proposta para regulamentar o fim do vínculo dos docentes com menos de 60 anos que não tenham pedido a aposentação. A tutela destinou 86 milhões para este programa.