População e trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo voltam hoje a sair à rua em defesa da viabilização da empresa, em processo de encerramento.
Corpo do artigo
De acordo com o porta-voz da comissão de trabalhadores, estrutura que convocou a manifestação desta tarde, a própria população «está mobilizada» para esta «ação de luta», contra o «crime social» do encerramento dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
«Será uma forma de demonstrar ao Governo de Portugal, ao senhor primeiro-ministro, que olhe para os estaleiros com outros olhos e que pare este processo da subconcessão. Ainda estão a tempo», afirmou António Costa.
A comissão de trabalhadores tem vindo a apelar à participação, além de atuais e antigos funcionários, também dos familiares, população, comerciantes e empresários, admitindo que esta manifestação poderá ser a «mais participada» das sete agendadas desde junho de 2011, algumas das quais chegaram a envolver mais de um milhar de pessoas em desfile pelas ruas da cidade de Viana do Castelo.
Os trabalhadores da Câmara e dos Serviços Municipalizados e de Saneamento Básico de Viana do Castelo vão ter tolerância de ponto, a partir das 14:30, para poderem participar nesta manifestação, conforme proposta da maioria socialista que lidera a autarquia.
O grupo Martifer anunciou que vai assumir em janeiro a subconcessão dos terrenos, infraestruturas e equipamentos dos ENVC, pagando ao Estado uma renda anual de 415 mil euros, até 2031, conforme concurso público internacional que venceu.
A nova empresa West Sea deverá recrutar 400 dos atuais 609 trabalhadores, que estão a ser convidados a aderir a um plano de rescisões amigáveis, que vai custar 30,1 milhões de euros.
A manifestação de hoje está agendada para as ruas da cidade de Viana do Castelo, com saída da empresa a partir das 16:00, antecedida de um plenário de trabalhadores, para contestar o encerramento dos ENVC, terminando na Praça da República com a realização de várias intervenções públicas.