O festival prossegue esta sexta-feira, com uma noite dedicada à música mais extrema.
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Vilar de Mouros, a mítica aldeia do concelho de Caminha, está a ser por estes quatro dias lugar de encontro de várias gerações. Desde festivaleiros de primeira viagem, a veteranos que assistiram a quase todas as edições.
É o caso de António França, um engenheiro de Coimbra, com 70 anos, que regressou sozinho mais uma vez ao lugar onde é feliz desde 1971.
"É muito bom para mim voltar aqui, recordar aqueles tempos, as dificuldades da altura e tudo aquilo que aqui passei. Vim à boleia de Coimbra até aqui. Foram dois dias para cá chegar. E com 40 e poucos escudos gastos numa semana", contou à TSF, referindo que aquele "foi o primeiro" e do qual guarda boas memórias. "Elton John, Quarteto 211, Pop Five Music Incorpoated, isto em termos de música, depois tudo o resto e todo o ambiente. O Woodstock tinha três ou quatro anos e este foi a repetição do Woodstock aqui em Portugal", recorda.
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Volvidos 52 anos, António continua a regressar. "Desta vez já não vim à boleia, nem vim fazer campismo", disse, comentando que vê com bons olhos o andamento do festival que praticamente viu nascer. "Acho que está relançado. Está aqui muita gente nova e muita gente que cá esteve em 1971. Nota-se facilmente. Já me cruzei aí com três ou quatro. Basta passar na rua e perguntar: 'pá, estiveste cá em 71? Ok, porreiro'. É muito bom isto", afirma o septuagenário, convicto: "O festival de Vilar de Mouros não vai morrer. Os filhos vão dar continuidade a isto".
O festival prossegue esta sexta-feira, com uma noite dedicada à música mais extrema, desde metal industrial ao sinfónico, com Bizarra Locomotiva, Apocaliptica, Whithin Temptation e Pendulum.
O sábado, último dia, promete ser de enchente com a venda de bilhetes praticamente esgotada.