Depois dos esclarecimentos do Conselho Português para os Refugiados, também Eduardo Cabrita sublinha que os requerentes de proteção internacional têm liberdade de circulação em Portugal e não estão obrigados a permanecer sempre no mesmo município
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Não tinham qualquer limitação de circulação os 19 migrantes do hostel da Rua Morais Soares que tinham sido dados como desaparecidos. A explicação foi dada por Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, durante uma ação de sensibilização em Tavira junto de comunidades do Nepal, Paquistão e Índia.
O governante referiu, em declarações aos jornalistas, que os estrangeiros residentes em Portugal não tinham qualquer limitação de circulação, mas que, agora encontrados, têm as mesmas limitações - confinamento recomendado - que a restante população. Não havia portanto "nenhuma ilegalidade" na ausência destes 19 estrangeiros.
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Também o Conselho Português para os Refugiados (CPR) tinha já clarificado esta manhã que os requerentes de proteção internacional têm liberdade de circulação em Portugal e não estão obrigados a permanecer sempre no mesmo município, no mesmo dia em que o grupo que não estava no hostel no dia da realização de testes à Covid-19 foi localizado.
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O Hostel Aykibom tinha sido evacuado devido à confirmação de uma infeção por Covid-19. Depois de feitos os testes, as entidades responsáveis confirmaram 138 casos positivos e os cidadãos foram transferidos para a Base Aérea da Ota, em Alenquer, onde se encontram "devidamente acomodado e em segurança" em isolamento profilático, contando-se 29 nacionalidades, segundo fonte do Governo.
"Estão a ser feitos contactos com esses cidadãos", assegurou Eduardo Cabrita, que evocou ainda a liberdade de circulação em território nacional, apesar do Estado de Emergência.
O ministro da Administração Interna fez saber ainda que estes cidadãos recebem o apoio do Estado para a sua habitação. "A ocupação das unidades hoteleiras é diferente daquela que havia anteriormente e a Segurança Social está a preparar juntamente com o MAI e Centro Português para os Refugiados esse acolhimento", frisou.
"A preocupação é igualitária relativamente a todos os portugueses." Eduardo Cabrita também destacou que há uma adesão generalizada dos portugueses ao confinamento profilático, numa altura em que as medidas de restrição serão aliviadas.
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O governante revelou, também esta quarta-feira, que vão ser realizados testes a cerca de mais 500 migrantes que estão instalados noutros hostels.