Europeias: Assis afirma que país vive «clausura» com Governo e Presidente de direita
Em campanha pelo distrito de Aveiro, Francisco Assis insiste que há hoje em Portugal um «novo consenso em torno do PS» e apelou ao voto dos portugueses. Durante a manhã, com a companhia de António José Seguro, a caravana socialista visitou uma empresa tecnológica em Aveiro.
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O cabeça de lista socialista nas europeias, Francisco Assis, considerou hoje que Portugal vive «uma clausura ideológica neoliberal» com uma maioria de direita e um Presidente da República que alinha com o Governo no essencial.
Francisco Assis falava num almoço comício em Aveiro, depois de intervenções da eurodeputada socialista Elisa Ferreira (número quatro da lista) e do líder da Federação de Aveiro do PS, Pedro Nuno Santos, num discurso em que acusou a Comissão Europeia de violar os tratados e de exercer «chantagem» em relação ao Estado Português.
«A primeira rutura democrática que temos de fazer é política. Precisamos de uma nova maioria na Europa, cujas principais instituições foram colonizadas por uma linha ultraliberal radical. A Comissão Europeia deixou de cumprir a missão que lhe estava atribuída pelos tratados e ainda na semana passada fez uma ameaça e uma chantagem inadmissível ao Estado Português», declarou, numa alusão às advertências de Bruxelas sobre a evolução da consolidação orçamental no país.
No plano nacional, Francisco Assis atribuiu à direita um completo domínio com uma maioria, um Governo e um Presidente da República, falando então em «clausura ideológica neoliberal».
«Vivemos um tempo de clausura ideológica marcada pela hegemonia da direita neoliberal em todos os lugares de decisão, seja a nível interno, seja a nível europeu. Em Portugal há uma maioria, um Governo de direita e um Presidente da República que nos momentos essenciais sempre esteve ao lado da direita», sustentou o "número um" da lista europeia do PS.
Em Bruxelas, de acordo com Assis, esteve um presidente da Comissão Europeia [Durão Barroso] que seguiu essa agenda ideológica e acabou até por prejudicar institucionalmente a União Europeia.
Durante a manhã, com a companhia de António José Seguro, a caravana socialista visitou uma empresa tecnológica em Aveiro. Seguro não resistiu a uma partida de pingue-pongue mas Assis não foi a jogo.