O cabeça de lista do PS às eleições europeias de maio,Francisco Assis, mostrou-se hoje disponível para debater com Paulo Rangel (PSD/CDS-PP) «absolutamente tudo» do passado recente, mas reclamou uma discussão séria sobre o presente e futuro.
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«Paulo Rangel parece ter uma obsessão com o passado recente. Se quiser, em local e hora a determinar, estou disponível para uma discussão de natureza mais histórica para discutir o passado. E a seguir concentremo-nos no fundamental: vamos discutir face a face o presente e o futuro da Europa e de Portugal», disse o cabeça de lista socialista em declarações aos jornalistas no parlamento.
Assis falava depois de o cabeça de lista do PSD e CDS-PP ao sufrágio europeu ter considerado esta manhã que existe uma contradição entre António José Seguro e Francisco Assis na defesa da herança dos governos socialistas liderados por José Sócrates.
Paulo Rangel, diz Francisco Assis, «partiu para esta campanha eleitoral procurando falsificar a história recente do nosso país e vendendo uma descrição da realidade do que se passou nos últimos anos».
«É mais fácil tentar enganar as pessoas acerca do passado do que acerca do presente», notou o deputado do PS.
Francisco Assis desafiou também o cabeça de lista de direita a «apresentar justificações» sobre as suas posições, e terá nomeadamente de dizer se «continua a pensar» que o Governo não tem «verdadeiramente uma política para a Europa» e não desenvolve um «pensamento sério e exigente» no relacionamento entre o Estado português e a Europa.
«Paulo Rangel vai ter de dizer ao país se concorda ou não concorda com esta austeridade que foi imposta ao país e foi duas vezes superior àquela que constava no plano de ajustamento financeiro na sua versão inicia», declarou ainda o cabeça de lista do PS.
Paulo Rangel, também antigo candidato à liderança do PSD e ex-líder parlamentar, acusou hoje ainda Assis de ser «cúmplice» de uma política que levou Portugal a uma situação «de quase bancarrota».
«Para a situação de quase bancarrota a que Portugal chegou contribuiu por certo a crise internacional, mas a gestão que José Sócrates fez em 2008, em 2009, em 2010, desta situação, agravou profundamente isto, não teríamos de ter tido uma intervenção da "troika', estou seguro disso», sustentou.
As eleições europeias decorrem a 25 de maio.