O cabeça de lista do PS às eleições europeias considerou que dizer que as eleições europeias são um teste ao PS é uma «originalidade recentemente produzida em Portugal».
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Francisco Assis entende que as eleições europeias de 25 de maio serão sim um teste aos dois anos do Governo e não um teste ao PS, como defendeu Paulo Rangel, cabeça de lista da coligação PSD/CDS a este ato eleitoral.
«A teoria que foi agora inventada de que é um teste às oposições é de facto uma originalidade recentemente produzida em Portugal», defendeu o cabeça de lista socialista às eleições europeias, durante as jornadas parlamentares do PS na Nazaré.
Para Assis, «não há outro país em que a questão possa ser vista nesses termos e seria uma inversão completa de tudo aquilo que faz sentido».
O cabeça de lista socialista às eleições europeias recusou ainda a ideia de que lidera de uma candidatura do Bloco Central, tal como defende o Bloco de Esquerda.
Reagindo a esta ideia, Assis descreveu a sua candidatura como sendo do «Bloco Central e estruturante da Esquerda portuguesa e é isso que se vai verificar nestes debates».
Francisco Assis defendeu ainda que a campanha para as eleições de 25 de maio deve incluir debates esclarecedores e clarificadores para os portugueses também sobre a importância das europeias.
«É preciso fazer uma grande pedagogia sobre a importância das questões europeias na nossa vida interna e acho que nisso todos nos devemos empenhar», acrescentou.
Questionado sobre a lista socialista ao Parlamento Europeu, Assis confirmou que só será apresentada e discutida pelo partido depois da apresentação oficial da candidatura dentro dos prazos normais.