Eventual crise política? "Opiniões há muitas, quem tem de decidir é o Presidente"
Marcelo Rebelo de Sousa garante que quando tiver uma posição diferente, dirá.
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O Presidente da República não ficou convencido com a garantia de Luís Montenegro de que o PSD está pronto para governar e é uma alternativa ao Governo de António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa considera que quem tem de decidir isso é o chefe de Estado e que a opinião não mudou.
"Sobre aquele tema que sabem qual é, que eu nem refiro, eu disse o que tinha a dizer na segunda-feira. Quando eu tiver alguma coisa sobre isso, quando tiver uma posição do Presidente diferente, direi", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
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Perante a insistência com a resposta do líder do PSD, o chefe de Estado reitera que deu a posição do Presidente no início da semana.
"Opiniões há muitas. Se é a posição do Presidente, quem tem de decidir é o Presidente", atira Marcelo Rebelo de Sousa, antes de entrar no carro e abandonar o local.
Na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa afastou, novamente, a hipótese de dissolver a Assembleia da República.
"Em termos populares a questão é muito simples: o Presidente não está no bolso da oposição nem do Governo, está no bolso dele. Não faz sentido estar a falar em dissolução de dois em dois meses. Faz sentido a oposição aparecer como alternativa aos olhos dos portugueses e o Governo governar bem para não deitar fora as vantagens de ter maioria. A função do Presidente é estar atento, independente no seu juízo, olhando para o bem do país num determinado momento", explicou, dizendo que quando Jorge Sampaio dissolveu o Parlamento e, com ele, o Governo de Pedro Santana Lopes, "havia uma alternativa óbvia".
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Pouco depois, Luís Montenegro respondeu: "O PSD é oposição ao Partido Socialista e só ao PS. O PSD e o seu líder não estão no bolso de ninguém, o PSD é a alternativa a este Governo e está pronto para governar. Estamos prontos para assumir todas as consequências da alternativa quando for oportuno. Teremos eleições legislativas em 2026. Se o Presidente da República fizer uma avaliação diferente e suscitar um momento eleitoral antes, nós estamos prontos hoje para tudo o que for necessário, para dar ao país futuro, esperança."
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