Na mesma noite em que Sam Smith mostrou aos festivaleiros que pode ser quem quiser, o cantor português também procurou "inspirar as pessoas" a não terem vergonha de assumirem o que são.
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O palco Coreto do Nos Alive encerrou este sábado e contou com a atuação de Peculiar. Antes de subir ao palco, o artista falou com a TSF sobre a sua experiência e assumiu ser "completamente irreal" passar de festivaleiro a convidado do festival.
"Nem sequer era um sonho meu, porque nem sequer antes tinha considerado essa possibilidade", disse, defendendo que "deve ser um esforço dos festivais promover cada vez mais a música portuguesa, porque isso é também o que nos distingue lá fora".
E porque todos "temos características únicas", João Nicolau Quintela apresenta-se artisticamente como Peculiar. Na mesma noite em que Sam Smith mostrou ao público do Alive que pode ser quem quiser, o cantor português também procurou "inspirar as pessoas" a não terem vergonha de assumirem o que são.
"Lua" e "Chora" - em colaboração com B-mywingz - são os temas mais recentes do português. À TSF, o artista contou que o primeiro surgiu numa viagem do Cais do Sodré até casa e que o segundo é uma música que pretende mostrar "que não só há uma forma de ser homem".
"Eu acho que muitas vezes estamos presos neste ciclo de masculinidade tóxica e isto acaba por afetar a saúde mental dos homens (...) e é isto que eu choro", disse.
O cantor emergente mostrou-se contente pelo feedback dos fãs até agora e afirmou ser "gratificante" sentir que tem um papel na vida das pessoas.
Para o futuro, anunciou o lançamento de mais dois singles e um EP, que fica para o final do ano, sobre "crescer, transformação de rapaz em homem e como não existe só um caminho".
Durante os dias 6, 7 e 8 de julho passaram pelo palco Coreto, no Passeio Marítimo de Algés e com curadoria da Arruada, artistas como Y.azz, Rita Onofre e Iolanda.