O presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins, responsabiliza as operadoras pelas dificuldades.
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Mais de meia centena de pessoas juntaram-se este sábado em frente à câmara de Vila Nova de Gaia para exigir melhorias na Unir, a nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto.
A Unir começou a operar a 1 de dezembro em todo o território da região, após anos de litigância nos tribunais com os anteriores operadores, mas tem gerado inúmeras queixas, desde falhas nos horários a falta de autocarros e de motoristas.
Em declarações à TSF, o presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins, responsabiliza as operadoras pelas dificuldades.
"A verdade é que ainda se registam algumas falhas, não no planeamento e não de contratualização, mas falhas do operador, que tem tido dificuldades: querem ter os autocarros novos a tempo, querem ter motoristas e isso não tem ajudado, claro, àquilo que é a operação da no terreno."
O autarca dá o exemplo de Gondomar, onde 42 dos 140 motoristas estão de baixa médica. "Obviamente é uma falha muito significativa e que se nota na operação do terreno, com prejuízo para os clientes", lamenta.
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O autarca de Gondomar confirma que em Vila Nova de Gaia alguns autocarros formam vandalizados, mas acredita que se trata de uma questão pontual.
"Há situações de autocarros que estão a ser vandalizados, com pneus furados, com vidros partidos, mas é um caso pontual que está a existir em Gaia."
"No resto da Área Metropolitana o que está a acontecer, como em Gondomar, é o operador falhar, em alguns horários alegando a falta de motoristas excesso de absentismo por baixa de motoristas e também alguns autocarros que seriam entregues e que não foram por parte do fabricante", reforça.
Marco Martins espera que a operação da rede UNIR comece a funcionar sem problemas a partir de janeiro.
É "urgente retomar um nível de serviço que estava previsto e que a população precisa para se deslocar no dia a dia dentro da área metropolitana da região do Porto."
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A TSF contactou também a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, mas o presidente Eduardo Vítor Rodrigues, que lidera também o Conselho Metropolitano do Porto, não vai fazer declarações, enquanto "aguarda diligências da polícia" sobre os autocarros vandalizados.