"Falta de competitividade." Montenegro insiste em entendimento com setor privado para salvar SNS
O líder do PSD insiste num entendimento com o setor social e privado.
Corpo do artigo
O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta segunda-feira que a falta de recursos humanos tem repercussões nos cuidados de saúde, bem como a falta de atratividade do Serviço Nacional de Saúde, que afeta o atendimento dos utentes.
"O SNS está com falta de competitividade para atrair e reter estes recursos humanos, com fortes implicações na qualidade dos serviços e acessibilidade que é colocada aos cidadãos. Estamos numa unidade hospitalar que, como muitas outras, tem várias centenas de dias de espera para consultas em algumas especialidades e para cirurgias. O país está hoje confrontado com um dilema que tem de resolver. O Estado tem de chegar a um entendimento num regime de complementaridade com o setor social e privado para poder haver uma gestão nacional dos recursos físicos, instalações, equipamentos, mas também dos recursos humanos", defendeu Montenegro em visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Por isso, o social-democrata insiste num entendimento com o setor social e privado para tentar salvar o Serviço Nacional de Saúde e revelou que o partido já apresentou "algumas ideias" que vão a debate na próxima quinta-feira na Assembleia da República.
"Hoje apresentámos um documento de reflexão estratégica que comporta propostas e medidas concretas que colocámos à disposição de todos os agentes para podermos interagir com os profissionais de saúde. Contamos muito com as pessoas. Este impulso que damos ao nosso trabalho político na área da saúde é para que o país perceba que não estamos apenas interessados em denunciar o que está mal. Estamos interessados em congregar esforços com os profissionais de saúde, com todos aqueles que têm responsabilidades de gestão", acrescentou o presidente do PSD.
Esta segunda-feira, Luís Montenegro, manifestou como ambição do partido colocar o sistema de saúde português entre os dez melhores do mundo até 2040, fazendo "um corte radical com a visão estatizante e centralista" do Governo PS.
Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, num dia em que completa um ano como líder do partido, Luís Montenegro apresentou, de forma genérica, um documento a que o PSD chamou de "Agenda mobilizadora 2030-2040", com cinco eixos estratégicos e 25 propostas estruturais para mudar este setor em Portugal.