Segundo o levantamento feito até ao momento pela Fenprof, em 134 turmas que ainda não têm professor, 100 são de escolas da zona da grande Lisboa.
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«Neste momento, a situação é particularmente grave na zona da Grande Lisboa», afirmou Mário Nogueira, em conferência de imprensa, citando também casos no Alentejo e no Algarve.
Hoje mesmo, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB23 Pedro de Santarém divulgou aos pais uma carta endereçada ao ministro da Educação, Nuno Crato, denunciando que no Agrupamento de Escolas de Benfica, tal como em outros agrupamentos do país, falta «um número significativo de professores em todos os ciclos escolares», sem que se anteveja quando a situação possa estar solucionada.
Mário Nogueira alertou também que muitos dos professores colocados aguardam ainda a saída de novas listas de colocação: «Saindo essas listas, poderão não ficar na escola em que estão, porque poderão optar».
Relativamente às turmas que integram alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), o dirigente da Fenprof disse que são «inúmeros os casos em que a lei não foi respeitada», ou seja, têm mais de 20 alunos, no conjunto, e mais de dois com necessidades de apoio.
«Têm quatro ou cinco alunos com NEE e turmas com 26 alunos, com a agravante, em muitos casos, de não estarem ainda colocados os professores» especializados.
A Fenprof defende a colocação de professores através de concurso nacional, de acordo com a graduação profissional dos docentes, contra a chamada municipalização da educação e a contratação de escola.