"Falta de vontade política." Reunião entre Governo e sindicatos dos médicos termina sem acordo
No final da reunião, a Federação Nacional dos Médicos criticou as propostas apresentadas pelo Governo.
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A nova reunião entre o Governo e os sindicatos dos médicos, que decorreu durante a tarde deste sábado, terminou sem acordo. À saída do encontro, Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), revelou aos jornalistas que ainda não há fumo branco por "falta de vontade política" do Executivo e do Ministério da Saúde.
"Tivemos oportunidade de consultar o novo regime de trabalho da dedicação plena, bem como a questão das unidades de saúde familiares e os documentos que nos apresentaram são piores do que aquilo que imaginávamos. Mantém-se na dedicação plena a questão de os médicos serem obrigados a fazer um limite de trabalho extraordinário para 250, aumentar a sua jornada diária de trabalho para nove horas, o fim do descanso compensatório depois de o médico fazer uma noite e os médicos que não fazem urgência serem obrigados a trabalhar ao sábado. Nas unidades de saúde familiar, os médicos são obrigados a ter mais utentes do que aqueles que estariam previstos e também para os médicos de saúde pública há aqui umas questões relativamente ao suplemento de disponibilidade permanente que também não nos ficou muito clara", contou Joana Bordalo e Sá.
A sindicalista afirmou que, durante a reunião, foi discutida a nova proposta do Governo que era "praticamente igual à anterior", onde também não havia nenhuma evolução no que toca à grelha salarial". O próximo passo será uma nova reunião, já agendada pelo Ministério da Saúde para dia 8 de novembro às 10h30.
"Sendo que ficou de nos enviar uma nova proposta por escrito. Vamos ver se efetivamente esta proposta reflete aquilo que se discutiu aqui ou não", acrescentou a presidente da FNAM.