A Fenprof volta hoje à tarde à mesa de negociações com o Ministério da Educação escudada na posição assumida pelos docentes contra as quotas na avaliação e a implicação nos concursos.
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«Houve injustiças tremendas [na colocação de professores] por causa destes dois aspectos», disse o secretário-geral da Fenprof, referindo-se às situações relatadas pelos docentes consultados esta semana sobre as negociações com o Governo em torno do modelo de avaliação de desempenho destes profissionais.
«Os plenários foram claros e com essas duas matérias não há acordo», salientou Mário Nogueira.
À saída da reunião da manhã com o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, o líder da Fenprof afirmou que não houve novidades em relação às questões de fundo.
«O Ministério vai reunir à hora de almoço e com certeza vai dizer até onde está disposto a ir, qual o limite das suas posições, e depois decidimos», afirmou Nogueira.
O dirigente sindical saiu da reunião da manhã com a sensação de que o Ministério estaria disponível para negociar «alguns aspectos técnicos», mas sem deixar claro se teria «flexibilidade» em relação a três pontos essenciais: redução do número de menções na avaliação (actualmente são cinco), eliminação de quotas para as classificações mais elevadas e implicação nas notas na graduação de professores nos concursos.