Associação que representa supermercados e grandes lojas diz que medidas do estado de contingência estão a ter o efeito contrário ao pretendido pelo Governo.
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Várias medidas de prevenção da Covid-19 estão a ter o efeito contrário nos supermercados, hipermercados e grandes lojas especializadas em determinados produtos - por exemplo desporto, bricolage ou eletrónica e eletrodomésticos.
Uma das medidas contestadas pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que representa centenas destas lojas e supermercados, entrou em vigor na semana passada com o novo estado de contingência decretado pelo Governo: desde 15 de setembro que a proibição da venda de álcool a partir das 20h00, que estava em vigor na Área Metropolitana de Lisboa (AML), foi alargada a todo o país.
Na prática, o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, diz à TSF que o efeito foi o inverso ao objetivo: aquilo que têm notado na última semana é um maior fluxo de clientes entre as 19 e 20h00, promovendo as concentrações.
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Por outro lado, a associação que representa supermercados e grandes lojas sublinha que não faz sentido que todos estes espaços continuem, há 5 meses, com uma limitação de 5 clientes por cada 100 metros quadrados, o rácio mais baixo entre os vários países da União Europeia.
Na prática, conta Gonçalo Lobo Xavier, as lojas e supermercados estão vazios, tranquilamente, lá dentro, mas cá foram há filas e ajuntamentos à porta.
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Razões que levam a APED a apontar incoerências às medidas de contingência aprovadas e que estão em vigor com o objetivo de evitar aglomerações, sublinhando que ao reduzir-se novamente o horário de espaços comerciais não-alimentares está a potenciar-se a concentração de pessoas, nomeadamente no final do dia de trabalho.
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