Filas para encomendas. "Estamos numa altura muito complicada, e os Correios não têm mãos"
Em Arroios, a fila já é notória. Os utentes assinalam que, durante esta época festiva, os serviços estão mais comprometidos, dado o contexto da pandemia.
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Em poucos minutos, o passeio da rua Pascoal de Melo ficou cheio de pessoas. São agora mais de 20. Paulo Silva, um dos utentes, reservou a manhã para ir aos Correios. Chegou às 08h20, com uma encomenda natalícia para enviar. Não fosse a época festiva, "tentava não vir", conta, ouvido pela TSF. "Estamos numa altura muito complicada, e os Correios não têm mãos, nem vazão para dar, e seguir em frente", comenta o morador de Arroios, tantos são já os pedidos "e encomendas por parte das pessoas".
Às 09h00, já uma fila se perfilava em frente ao espaço. Paulo Silva abana o pé, com alguma impaciência, mas o utente que reside a uma distância curta dos CTT, assegura que o fluxo de pessoas e o tempo de espera costumam ser maiores. "Hoje até nem está nada mau. Já tentei vir aqui três ou quatro vezes antes e não consegui, pura e simplesmente."
Na baixa de Lisboa, o problema também se verificava há alguns meses, e no natal não promete ser mais simples. "Em agosto ou em setembro, quis enviar uma encomenda e estava igual", confirma Paulo Silva.
A pandemia trouxe para fora das estações de correios longas filas de espera, para os mais diversos serviços: desde a entrega ao levantamento de encomendas e correio registados, até ao pagamento de serviços, e mais recentemente, também um serviço bancário.
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