O líder do movimento Alternativa e Responsabilidade entende que um congresso deve ser aproveitado para «mostrar ao país que há no partido quem pensa que é preciso mudar e que há inconformismo».
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Filipe Anacoreta Correia garantiu que se candidatará à presidência do CDS caso Paulo Portas não aceite incluir algumas propostas da moção Alternativa e Responsabilidade.
No discurso que fez no XXV Congresso do CDS, o líder deste movimento desafiou o líder dos democratas-cristãos a «assumir um sentido de compromisso com o partido e com o país que se materializa nestas propostas».
Garantindo que ninguém o condiciona, Filipe Anacoreta Correia disse que não tem medo de perder e assegurou que se «Paulo Portas quiser insistir em afirmar que está tudo bem, que não é preciso mudar, que não quer debater, que não quer integrar, assumo fazer o contrário daquilo que proclama».
Filipe Anacoreta Correia considerou ainda que um congresso deve ainda ser aproveitado para «mostrar ao país que há no partido quem pensa que é preciso mudar e que há inconformismo».
«Darei a cara. Irei a votos. Chamo-me Filipe Anacoreta Correia. Tenho 41. Se for preciso serei candidato à liderança do CDS-PP», assegurou.
Numa intervenção em que questionou a forma como Paulo Portas justificou a crise política do verão, uma vez que, na opinião de Filipe Anacoreta Correia, o vice-primeiro-ministro deveria ter assumido um erro que teve custos para o partido e para o país.
Para o líder do movimento Alternativa e Responsabilidade, «nada nos impede de avançar com a eliminação de estruturas administrativas que se transformaram em pratos servidos a clientelas partidárias onde agora se inclui também a nossa».
«De um partido não socialista, alternativo e inconformado, corremos o risco de ter comido do fruto proibido e o pior é que parece que muitos de nós gostaram. E corremos o risco de ser um partido do sistema, vulnerável aos fortes e incapaz diante dos fracos», concluiu.