Depois de ter sido elogiado de novo pelo primeiro-ministro sobre o processo de concertação social, Cavaco Silva disse que se limitou a fazer o que se espera de um Presidente da República.
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No Parlamento, esta manhã, Pedro Passos Coelho afirmou que Cavaco Silva foi um protagonista «discreto», mas «muito importante» no processo de concertação social.
«Eu fiz aquilo que, como Presidente da República, devia fazer. É sabido que sempre fui um grande defensor do diálogo e da concertação social e estou seguro de que o acordo é do maior interesse para Portugal. É um contributo para que possamos vencer os desafios que temos à nossa frente, para atenuar os sacrifícios que são pedidos à população portuguesa para e mitigar a dureza dos tempos que nós vivemos», afirmou o chefe de Estado no Porto.
Sobre o facto de a central sindical CGTP-IN não ter assinado o acordo entre o Governo e os parceiros sociais, Cavaco Silva foi perentório: «Eu preferia que tivesse também assinado».
«Acho que a inter-sindical representa uma parte dos trabalhadores portugueses e eu gostaria que estivesse associada a este acordo. Volto a dizer, o país certamente estará melhor com um acordo do que aquilo que estaria se não tivesse acordo», sublinhou.
O chefe de Estado falou ainda do papel que teve nas negociações entre o Funchal e Lisboa no plano de ajustamento financeiro para a região autónoma, explicando que «um Presidente da República é tanto mais eficaz quanto mais discreto for nas suas funções».