O primeiro-ministro destacou, esta sexta-feira no Parlamento, o facto de todos terem cedido para ser alcançado o acordo de concertação social.
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Passos Coelho sublinhou que o acordo alcançado em concertação social é uma mudança melhor para o país do que para o Governo e considerou-o essencial para uma janela de futuro e de libertação.
Nas suas declarações, Passos Coelho falou na «relevância que o Governo atribui à discreta, mas importante interversão que o Presidente da República teve» para se conseguir um acordo.
«Se num tempo de adversidade como o que estamos a enfrentar não soubermos valorizar aquilo que é o nosso espaço de compromisso com a mudança que nos possa conduzir a um registo que é de crescimento como nós desejamos e de criação de emprego, se nós próprios não valorizarmos o melhor que temos entre nós e a capacidade de encontrar compromissos em torno destes objectivos, então ficaremos muito mais a mercê do tudo aquilo que é adversidade externa do que aquilo que desejaríamos», avisou.
Este acordo foi muito criticado pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
O primeiro-ministro «veio apresentar um acordo de concertação e vangloriar-se da capacidade de promoção do diálogo do Governo como se fosse um troféu de caça», disse. O chefe do Governo rejeitou estas críticas.
O secretário-geral do PS congratulou-se com a decisão do Governo de abdicar do aumento de meia hora de trabalho semanal, mas disse não partilhar da euforia sobre o acordo social, dizendo que não apresenta qualquer estratégia.
À semelhança do socialista, também o líder do BE, Francisco Louçã, considerou o acordo altamente lesivo.