Fonseca Ferreira e Jacinto Serrão, dois socialistas que apresentaram moções este sábado de manhã, no congresso do PS, em Matosinhos, lembraram palavras de Mário Soares para fazer críticas ao partido.
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Fonseca Ferreira considerou que não se vive ainda plenamente a democracia e lembrou que há alguns meses Mário Soares, histórico socialista, disse que o PS está morto.
«Como espaço de debate, elaboração ideológica e programática que devia ser, o PS não existe. Enquanto colectivo de militância e movimento de transformação social que devia ser, o PS não existe.
Os órgãos nacionais do PS também não têm funcionado com regularidade, democraticidade e utilidade. Cumprem formalidades, mas não desempenham a sua função política», defendeu.
É caso para dizer, continuou, que «vivemos em democracia, mas ainda não praticamos a democracia».
Também Jacinto Serão defendeu que «o debate de ideias deve ocupar o lugar central do PS». «Chegou, pois, a hora do socialismo democrático se repensar», considerou, citando o fundador do partido.
Recorde-se que Mário Soares tem-se mostrado algo crítico quanto a alguns caminhos seguidos pelo PS.