Gasolineiras fechadas e balcões encerrados. Trabalhadores das empresas de distribuição em greve
A presidente da direção da CESP lamenta "a violação da lei com a substituição de trabalhadores grevistas".
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Os trabalhadores das empresas de distribuição estão este sábado em greve para exigir uma melhoria dos salários, a valorização das carreiras e a revisão do contrato coletivo de trabalho.
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A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que regista, na manhã deste sábado, uma "adesão significativa".
Os trabalhadores reivindicam o aumento geral dos salários, a valorização das carreiras profissionais e a revisão do contrato coletivo de trabalho (CCT) que, segundo a estrutura sindical, não é revisto desde 2016.
A presidente da direção da CESP, Filipa Costa, deu conta do impacto que esta ação está a ter nos supermercados e gasolineiras ligadas aos mesmos.
Estou à porta do Lidl no Bairro Azul, em São Sebastião, em Lisboa, e abriam a loja duas chefias e a loja está aberta assim desta forma. Os trabalhadores estão à porta, em piquete de greve, mas também já tenho informação de outras lojas, nomeadamente Auchan, em que gasolineiras estão fechadas, secções com os balcões encerrados, porque os trabalhadores estão em greve", adianta, em declarações à TSF, Filipa Costa, que sublinha que ainda durante a manhã deste sábado terão "mais novidades".
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"Mas, até ao momento, aquilo que nos tem chegado é que há uma adesão significativa à greve", aponta.
Filipa Costa denunciou ainda os atropelos à greve por parte das empresas, nomeadamente com a substituição de trabalhadores e a abertura das lojas com menos
elementos do que os necessários.
"As lojas possivelmente não vão estar encerradas, como é este caso do Lidl, porque são chamadas as chefias para abrir as lojas, são chamadas outros trabalhadores, muitas vezes aqueles que estão a contrato a prazo para ir trabalhar. Tem sido assim em todas as greves: violação da lei com a substituição de trabalhadores grevistas", lamenta, vincando que a CESP tem "estado a intervir". Contudo, a ACP, conta, não tem agido "com a rapidez necessária".
"Normalmente as lojas estão a funcionar com muito menos trabalhadores e este exemplo, onde estou neste momento à porta, é um caso concreto. A loja está aberta com duas chefias a trabalhar, vamos ver como é que vai correr, porque entraram as duas às 06h00 e às 11h00 têm as suas cinco horas de trabalho feitas. Vamos ver como é que a loja se vai manter, com as pausas que têm de ser feitas. Possivelmente nem vão fazer pausas, possivelmente vão estar a trabalhar das 06h00 até ao fecho da loja, quando não o podiam fazer", lamenta.