A GNR anunciou que os detidos são suspeitos de pertenceram a uma organização criminosa que se dedicava ao furto de cobre nas linhas subterrâneas inativas da PT na área da Grande Lisboa.
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Os detidos faziam parte de uma organização criminosa, constituída na maioria por estrangeiros, que conseguiram «êxitos consideráveis nesta prática criminosa, fruto da vasta experiência adquirida enquanto (antigos) funcionários das empresas subempreitadas pela PT», revela a GNR em comunicado.
Para concretizar os furtos, o grupo deslocava-se às caixas de visita permanente da Portugal Telecom (PT), munido de uma carrinha tipo furgão, adaptada com um fundo falso (alçapão), efetuando de seguida as operações de corte e carga dos fios de cobre.
Segundo a GNR, o grupo era ainda composto por elementos que se dedicavam à separação de todos os componentes dos fios de cobre e por outros que procediam à recetação do material furtado, normalmente empresas de resíduos industriais, que faziam a introdução no mercado lícito deste tipo de metais não preciosos.
«Só este ano, as transações realizadas por alguns elementos do grupo, com esta atividade criminosa, ascendem a mais um milhão de euros», salienta no comunicado.
No âmbito da operação "Linha Segura", a GNR apreendeu ainda na madrugada de hoje aproximadamente 20 toneladas de cobre e chumbo, 10 mil euros em numerário, nove viaturas e diversa maquinaria industrial pesada no distrito de Lisboa, informou a Guarda Nacional Republicana em comunicado.
A detenção dos 11 suspeitos da prática de crimes de associação criminosa, recetação e furto qualificado, e as apreensões resultaram do cumprimento de sete mandados de detenção, nove mandados de busca e apreensão de veículos, oito mandados de busca domiciliária e um não domiciliária, adianta a GNR.
A operação, coordenada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento, da 11.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, em estreita colaboração com a Portugal Telecom, envolveu 141 militares pertencentes à Unidade de Intervenção, à Direção de Investigação Criminal e aos Comandos Territoriais de Lisboa e de Setúbal.