"Quero ser um militar que cumpriu o seu papel." Gouveia e Melo rejeita avançar para a política
O vice-almirante Gouveia e Melo volta a rejeitar qualquer aposta na vida política, e defende que "a democracia salva-se em conjunto com todos os atores do sistema democrático".
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"Não quero ser político." Gouveia e Melo, coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19, não poderia ser mais explícito quanto à falta de vontade para ingressar na vida política.
À margem de uma visita a um centro de vacinação na Guarda, onde a autarquia decidiu atribuir-lhe uma medalha de excelência, o vice-almirante foi questionado mais uma vez pelos jornalistas sobre o que estaria nos horizontes do homem que hoje lidera o processo de vacinação durante a pandemia. "Fecho essa porta, porque eu não sou político", foi a resposta.
Gouveia e Melo recusa endeusamentos: "Qualquer ser que apareça como o salvador da pátria é mau para a democracia, porque a democracia salva-se em conjunto com todos os atores do sistema democrático." Para o vice-almirante, "não é uma personagem que salva a democracia, porque isso cheira a outra coisa".
"Eu não quero ser essa pessoa, eu quero ser um militar que cumpriu o seu papel quando foi chamado. Estou muito honrado por me terem dado esta missão, poder ter contribuído, pela primeira vez na minha carreira, de forma tão direta para uma coisa que beneficia os portugueses."
O coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19 já tinha rejeitado despir a farda militar para vestir o fato de político quando, em entrevista ao Expresso, afirmou: "Toda a minha vida fui militar e espero acabar a minha vida como militar."
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