Governo acompanha nove portugueses no Níger e está a "operacionalizar a retirada"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a acompanhar a situação "através da Embaixada de Portugal em Abuja, e em articulação com a Delegação da UE em Niamey".
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou à TSF esta terça-feira que há nove cidadãos portugueses no Níger e que está em "contacto estreito" com os parceiros europeus para "operacionalizar a retirada em segurança" dos cidadãos nacionais que querem abandonar o país.
Para já, o Governo está a acompanhar a situação "através da Embaixada de Portugal em Abuja, e em articulação com a Delegação da UE em Niamey".
"Os cidadãos já identificados exercem funções em organizações europeias e empresas privadas", pode ler-se na nota enviada à TSF.
O golpe de Estado no Níger foi liderado por uma junta militar, denominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CLSP), que anunciou a demissão do Presidente, a suspensão das instituições, o encerramento das fronteiras e um recolher obrigatório noturno até nova ordem.
O derrube do Presidente Mohamed Bazoum foi condenado pela comunidade internacional e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunida em cimeira extraordinária no domingo, deu um prazo de uma semana para os golpistas recuarem e ser reposta a legalidade constitucional.
Em resposta à posição assumida pela CEDEAO, os governos militares do Mali e do Burkina Faso - que também ascenderam ao poder através de golpes de Estado -, advertiram a organização de que qualquer intervenção militar contra o Níger seria considerada uma declaração de guerra contra eles.
As autoridades da Guiné-Conacri anunciaram também que se dissocia das sanções impostas pela organização africana.