Governo avalia eventual declaração de situação de alerta face a calor e risco de incêndio
José Luís Carneiro considera que há meios "suficientes" para enfrentar a época de incêndios, mas lembra que serão sempre "excessos" em situações "extremas".
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O Governo vai avaliar esta manhã a eventual necessidade de declarar situação de alerta devido ao elevado perigo de incêndios rurais nos próximos dias.
"Estamos em fase de reavaliação", afirmou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, esta segunda-feira em declarações à RTP. "Estamos a acompanhar todos os indicadores que tivemos durante a noite. Vamos acompanhá-los durante a manhã do dia de hoje para decidir se determinarmos ou não a situação de alerta".
"No ano que passou, tivemos que decidir pela situação de alerta por duas vezes", lembra.
A declaração de situação de alerta obriga a "cuidados mais elevados na realização de determinado tipo de eventos" e "estabelecimento de medidas mais rígidas no que respeita ao acesso aos espaços florestais expostos a maior risco", além de permitir e "uma maior capacidade de mobilização de meios".
José Luís Carneiro nota que o fim da Jornada Mundial da Juventude "liberta" mais dispositivos para o combate aos incêndios, considerando que "os meios que temos neste momento são considerados suficientes".
"Este ano temos o maior número de meios humanos, o maior número de meios materiais, mecânicos, técnicos e também o maior investimento de sempre, mesmo também nos meios aéreos", destaca.
No entanto, face a "incêndios extremos", como os que ocorreram este ano em países como a Grécia, todos os meios "são sempre escassos".
Já este domingo a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, admitiu que o Governo estava a ponderar declarar situação de alerta devido ao quadro meteorológico "complexo" para os próximos dias.
Lisboa, Setúbal, Évora, Santarém, Castelo Branco e Portalegre estarão sob aviso vermelho na segunda-feira, devido ao tempo quente, situação que motiva aviso laranja para outros 10 distritos de Portugal continental.
Há mais de 120 concelhos do interior Norte e Centro e dos distritos de Beja e Faro em perigo máximo de incêndio.