15 minutos de consulta podem ter implicações diretas na qualidade do ato médico. É desta forma que o Ministério da Saúde comenta a proposta do Tribunal de Contas de reduzir os tempos das consultas médicas.
Corpo do artigo
A tutela sublinha que para responder à falta de profissionais optou por alargar a lista de utentes por clínico.
Numa auditoria ao desempenho de unidades funcionais de cuidados de saúde primários, o Tribunal de Contas (TdC) propõe rever a duração das consultas, e passar de 21 para 15 minutos.
À TSF, uma fonte do Ministério da Saúde sublinha que não há nenhuma regra que imponha qualquer tempo limite, já que pode interferir com o serviço prestado pelo médico.
Para o Governo, «o importante é assegurar o seguimento da lista e não impor um limite máximo de 15 minutos para cada consulta».
O ministério acrescenta que, com a medida adotada pelo Governo de alargar a lista de utentes, cada profissional passou a integrar 1900 utentes na lista (antes eram 1.550), o que permitiu reduzir significativamente o número de cidadãos sem médico de família.
Relativamente aos utentes que continuam sem clínico, e que terão levado o TdC a considerar que falhou o objetivo do Ministério da Saúde de dar um médico de família a cada utente, a mesma fonte começou por esclarecer que «o objetivo foi fixado pelo Governo até final da legislatura».