Primeiro-ministro informou secretário-geral do PS de cortes na despesa, segundo uma fonte citada pela Lusa; mas o PS já desmentiu essa informação: houve um e-mail 15 minutos antes das 20h00, que Seguro não viu. A "troika" recebeu uma carta de Passos.
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(notícia atualizada às 21h54)
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, informou o secretário-geral do PS, António José Seguro, das medidas de corte na despesa que vai anunciar hoje ao país, disse à Lusa fonte do gabinete do chefe do executivo.
Mas um elemento da equipa do secretário-geral do PS já garantiu que essa informação não chegou. Seguro explicou, na TVI, que recebeu um telefonema de 15 minutos antes das 20 horas, quando ia a caminho desta estação de televisão, e que não o pôde ver.
Na carta, a que a Lusa teve acesso, o chefe do Governo explica «as medidas de consolidação orçamental para 2014 e 2015», hoje anunciadas numa comunicação ao país.
«O processo envolverá agora os partidos políticos representados na Assembleia da República, a sociedade civil e os parceiros sociais», escreveu o chefe do Governo na carta enviada aos representantes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Europeu.
«Ontem mesmo [na quinta-feira] decidimos propor a consulta pública um conjunto de medidas neste âmbito», adianta o primeiro-ministro na carta, acrescentando que a «iniciativa do Governo cumpre de forma substantiva a 'ação prévia' prevista para conclusão do sétimo exame regular do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal».
Passos Coelho sublinha que, «de forma a permitir a construção do consenso, está previsto que algumas medidas sejam substituídas por outras de semelhante qualidade e efeito orçamental».