O ministro da Saúde determinou que é preciso ir mais longe nos cortes na despesa nos hospitais, por isso a meta da poupança no sector para o próximo ano é o dobro da prevista.
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Dos cinco por cento contratualizados em Julho com os hospitais, o corte nos custos operacionais passa a ser de pelo menos 11 por cento.
Em Diário da República, o Governo justifica esta alteração com a redução do plafond de financiamento global do Serviço Nacional de Saúde (SNS) já no Orçamento de Estado para 2012.
Ao jornal Público, um porta-voz do Ministério da Saúde especifica que esta alteração, ou duplicação de esforço de contenção, resulta dos desenvolvimentos ocorridos neste hiato de tempo, ou seja, na sequência do processo de avaliação da "troika", o Executivo de Passos Coelho entendeu rever a meta global de redução da despesa no ministério de 550 para 750 milhões até 2013.
Assim, acrescenta o porta-voz, atendendo ao esforço que era exigido na última tranche (em 2013), de cerca de 500 milhões de euros, o Governo quis desenvolver um modelo de distribuição do esforço mais equitativo no tempo e antecipar mais cortes para 2012.
Outra das intenções é travar o o endividamento dos 42 hospitais e unidades de saúde EPE, que em 2010 apresentaram um saldo negativo de 322 milhões de euros.