De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, o plano intitulado "Impulso Jovem" pretende responder ao desafio lançado por Durão Barroso e pode beneficiar até 165 mil jovens.
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No plano traçado pelo Governo a chave está em combinar diferentes recursos financeiros para chegar a um volume global de financiamento, que se estima poder atingir os mil milhões de euros.
Para que tal aconteça, o cenário não é único. O primeiro passa por reprogramar os fundos comunitários já existentes, uma medida que poderia disponibilizar pouco mais de 351 milhões de euros e com a qual seriam beneficiados cerca de 77 mil jovens.
No segundo cenário, mais ambicioso, o Governo propõe que sejam reforçadas as verbas comunitárias, o que permitiria reservar para o programa de apoio mais de 651 milhões de euros destinados a beneficiar quase 165 mil jovens.
Para além destes cenários, que ainda dependem da resposta positiva ou negativa por parte de Bruxelas, entre as várias medidas propostas destaca-se ainda o designado "passaporte-emprego".
Este programa, que poderá beneficiar 91 mil jovens desempregados, pretende criar estágios profissionais para desempregados, entre os 16 aos 34 anos, independentemente do nível de escolaridade e inscritos há pelo menos quatro meses nos centros de emprego.
A medida, permite atribuir uma "bolsa de apoio" à entidade empregadora, procura fixar os jovens nas empresas e pode representar um custo entre 140 e os 335 milhões de euros.
Sobre esta proposta, o especialista em emprego e recursos humanos, Luís Bento, considera positivo qualquer esforço no sentido de apoiar as empresas na colocação dos desempregados, no entanto, teme que as medidas não sejam mais do que uma simples operação de cosmética à realidade dos números.