O secretário de Estado da Presidência do CM afirmou que o Governo «está sempre atento à voz de todos os portugueses», em especial a «qualquer pronunciamento» por parte do Presidente da República.
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«O Governo está sempre atento à voz de todos os portugueses porque é essa a sua obrigação, 'maxime' naturalmente qualquer pronunciamento por parte do senhor Presidente da República, que é o primeiro magistrado da nação», disse, questionado na conferência da imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros sobre declarações feitas quarta-feira por Cavaco Silva.
No final da cerimónia de inauguração da Moagem da Nacional, em Lisboa, o chefe de Estado comentou as manifestações ocorridas no sábado, considerando que essas vozes «não podem deixar de ser escutadas».
Na mesma ocasião, o Presidente da República reconheceu que Portugal continua numa espiral recessiva, reiterando que 2013 tem de ser o ano de inversão da tendência.
«Os números são inequívocos. O que nós sabemos é que há muitos trimestres que a produção está a cair, que o investimento está a cair muito acentuadamente, todos os anos cerca de 10 por cento ou mais, que o consumo está a cair de uma forma brutal e que o desemprego está a aumentar de uma forma acentuadíssima. Portanto, os números não deixam dúvidas praticamente a ninguém», afirmou o chefe de Estado, quando interrogado se Portugal ainda continua numa espiral recessiva.