Governo já enviou documentos à comissão de inquérito à TAP, mas falha informática condiciona acesso
O ministro das Finanças afirmou que a comissão iria ter acesso ainda esta quarta-feira a toda a documentação.
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A comissão de inquérito à TAP já recebeu informação do Governo com documentação sobre as demissões dos ex-presidentes da companhia aérea, confirmou esta quarta-feira o presidente Jorge Seguro Sanches mas, de acordo com a RTP, uma falha informática está a condicionar o acesso a alguns desses documentos.
Questionado pelo deputado social-democrata Paulo Moniz, o presidente da comissão de inquérito confirmou que a documentação já chegou à comissão.
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"Como estamos todos em audições, não sei o quem em que condições e com que classificação", disse Seguro Sanches.
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O ministro das Finanças afirmou que a comissão de inquérito da TAP iria ter acesso ainda esta quarta-feira a toda a documentação sobre os processos de demissão dos presidentes executivo e do Conselho de Administração da empresa. A garantia de Fernando Medina foi transmitida em plenário, na Assembleia da República, num debate sobre o Programa de Estabilidade em que está acompanhado pelas ministras da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes. Estas duas ministras também estiveram envolvidas da controvérsia em torno da existência ou não de um parecer jurídico que fundamenta as demissões daqueles administradores da TAP.
Nesta questão relativa ao tema da TAP, Fernando Medina considerou "deplorável a adjetivação" que ouviu nos últimos dias a propósito do envio dos documentos à comissão de inquérito.
A decisão do Governo de exonerar Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, invocando justa causa, foi anunciada pelo ministro das Finanças a 6 de março, com base num relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), por causa do pagamento de 500 mil euros feito à ex-administradora Alexandra Reis para que deixasse a empresa. A 19 de abril, o Governo justificou a recusa em enviar à comissão de inquérito da TAP os pareceres jurídicos que deram respaldo à demissão da anterior presidente executiva da companhia aérea com a necessidade de "salvaguarda do interesse público".