Governo recorda Carlos Avilez como "personalidade decisiva na renovação do teatro português"
Encenador e ator fundou o Teatro Experimental de Cascais e da Escola Profissional de Teatro de Cascais morreu aos 88 anos.
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O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou a morte, esta quarta-feira, aos 88 anos, do encenador e ator Carlos Avilez, "personalidade decisiva na renovação do teatro português".
Num comunicado partilhado na conta oficial do Ministério da Cultura na rede social X, Pedro Adão e Silva recorda que, "tendo trabalhado com figuras internacionais que revolucionaram a arte da representação no século XX, Avilez teve em Portugal um papel igualmente inovador".
Carlos Avilez fundou em 1965 o Teatro Experimental de Cascais, companhia onde, lembra o ministro da Cultura, "se mantinha em plena atividade".
Em 1992, criou a Escola Profissional de Teatro de Cascais.
"Para sucessivas gerações de atores, que continuou a dirigir e ensinar até à semana passada, foi um mestre e um mentor", salienta o governante.
Pedro Adão e Silva recorda ainda que Carlos Avilez "assumiu cargos da maior responsabilidade no serviço público na sua área, tendo sido diretor do Teatro Nacional D. Maria II e presidente do Instituto de Artes Cénicas".
Carlos Vitor Machado, conhecido por Carlos Avilez, nasceu em 1935 e estreou-se profissionalmente como ator em 1956, na Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro, onde permaneceu até 1963.
Com uma vida dedicada ao teatro, estreou no sábado a sua última encenação: "Electra".
A partir da trilogia "Electra e os fantasmas", de Eugene O'Neill - a 177.ª produção do Teatro Experimental de Cascais - a peça estreou-se no auditório Academia Artes do Estoril, no Monte Estoril, Cascais, onde ficará em cena até 17 de dezembro.