Governo contactou islâmicos e católicos. Outras religiões ainda aguardam novas regras
Em causa o retomar das celebrações religiosas em Portugal
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O Governo só contactou até agora católicos e islâmicos para definir o regresso das celebrações religiosas. As outras confissões religiosas ainda não foram informadas sobre como podem voltar aos cultos religiosos dentro dos templos, garante esta sexta-feira António Calaím, presidente da Aliança Evangélica Portuguesa.
António Calaím confessa que tem mil lugares de culto à espera de normas para que os fiéis regressem a 30 de maio, como determinou o Governo. No entanto, , fora a data anunciada publicamente, não houve mais nenhuma informação ou contacto personalizado com cada uma das confissões religiosas.
"Até agora ainda não fomos contactados. Acreditamos que os nossos governantes e as autoridades de saúde estão muito ocupados, mas aguardamos. Precisamos de preparar tudo da melhor forma, de dar orientações mais concretas aos nossos pastores e lideres das comunidades evangélicas", explica António Calaím.
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"Devido à nossa especificidade, gostaríamos de ter uma conversa com as autoridades", explicando depois o que preocupa a aliança. "Queremos que não existam perturbações por parte das forças de segurança ou dos próprios vizinhos. Infelizmente, há muitas comunidades que reúnem em prédios de habitação onde há lojas, espaços que não estão propriamente separados para o culto, ao contrário do que acontece com a Igreja Católica".
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A Aliança Evangélica representa 200 mil crentes e é a maior minoria religiosa em Portugal.
Outras confissões que estão à espera das regras de desconfinamento são os hindus, os judeus e os protestantes, como sublinha o site de informação religiosa Sete Margens.