No primeiro turno dos trabalhadores da recolha do lixo da capital registou-se uma adesão à greve de 60 por cento, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).
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No primeiro turno da recolha do lixo, às 06:00 horas, saíram apenas 25 carros quando são necessários 70 para fazer todas as voltas.
Em declarações à TSF, o presidente do STML justificou esta paralisação com as medidas que vão ser impostas aos trabalhadores da função pública no acordo para a ajuda externa firmado entre o Governo e a "troika".
Além disso, os trabalhadores da capital estão contra «a não entrada de trabalhadores para este sector da limpeza urbana» na área de Lisboa, algo «que é extremamente importante», acrescentou Delfino Serra, acusando o presidente da autarquia, António Costa, de ter rompido o «compromisso que tinha com os sindicatos».
Alguns trabalhadores que aderiram à greve concentra-se na central dos Olivais.
A greve neste sector vai prolongar-se até domingo.
A paralisação, que afecta outros sectores como saúde e justiça, serve para protestar contra o congelamento e os cortes salariais, o aumento de impostos, a precariedade, os despedimentos, as privatizações e as medidas que vierem a ser impostas na sequência da negociação da ajuda externa a Portugal.
O memorando de entendimento estabelecido entre o Governo e a "troika" internacional prevê a extinção e fusão de serviços da administração pública, o que levará milhares de trabalhadores para a mobilidade ou para o desemprego, segundo a FNSFP.