A circulação de comboios da CP deverá ter perturbações significativas nos dias 12, 13 e 16 de junho devido à greve.
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Os revisores e os trabalhadores das bilheteiras da CP - Comboios de Portugal, cuja sede está a sul de Pombal, cumprem este domingo um dia de greve por aumentos salariais, que deverá causar fortes perturbações no serviço.
Nas primeiras horas da greve a adesão foi quase total afirmou o dirigente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, em declarações à TSF.
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Luís Bravo alerta para uma "paralisação quase total dos comboios em todo o território", mas especialmente dos" comboios urbanos de Lisboa, os regionais de Tomar, os regionais da linha do Algarve e todas as bilheteiras".
De acordo com o sindicalista, em causa está o facto de os trabalhadores continuarem com os ordenados congelados há mais de 10 anos. Luís Bravo acusa a administração da CP de falta de diálogo.
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"Entre o dia 16 de maio e até hoje não houve qualquer contacto da administração da CP no sentido de se apresentar alguma solução, algum entendimento. Nada. Não houve nenhum contacto", lamenta.
A CP também já alertou para perturbações significativas no serviço devido à greve.
Para o dia 23 de junho está também agendada uma greve de 24 horas para os trabalhadores ferroviários operacionais, a norte de Pombal.
A CP já alertou que a circulação de comboios da empresa deverá ter perturbações "significativas nos dias 12, 13 e 16 de junho devido a greve.
A CP refere que aos clientes que já tenham adquirido bilhete para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Interregional e Regional, será permitido o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.
Desde o início do mês tem estado a decorrer uma greve dos trabalhadores da CP ao trabalho extraordinário e aos feriados, que se prolonga até ao final do mês, mas não provocou supressões, indicou à Lusa, em 3 de junho, fonte oficial da empresa.
Em 16 de maio, a CP anunciou que chegou a um acordo com 12 sindicatos, para revisão do Acordo de Empresa, ficando de fora três estruturas sindicais.
Do acordo alcançado resultou o aumento salarial de 0,9%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, a uniformização do subsídio de refeição para 7,74 euros e a integração dos trabalhadores da ex-EMEF na tabela salarial da CP, com efeitos retroativos a 1 de janeiro.