Os guardas prisionais iniciaram às 00h00 de hoje uma greve por causa do corte nas negociações do estatuto profissional, afetando as visitas dos reclusos e o transporte para os tribunais.
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A greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), vai decorrer em dois períodos. O primeiro iniciou-se às 00h00 e termina a 30 de abril, enquanto o segundo vai decorrer entre 6 a 11 de maio.
Em declarações à TSF, o presidente do SNCGP, Jorge Alves, explicou que as carreiras, o estatuto profissional e as condições de trabalho nas cadeias são as razões que motivam esta greve.
Jorge Alves disse ainda que as prisões vão estar durante seis dias em serviços mínimos, ou seja, sem visitas de família e quase sem idas dos presos a tribunal.
Os guardas prisionais vão assegurar apenas a abertura das celas para alimentação, assistência médica, medicamentosa e assistência religiosa, além dos transportes ao tribunal para situações que coloquem em causa a liberdade do recluso.
À TSF, Rui Sá Gomes, diretor-geral dos serviços prisionais, garantiu que estão previstos serviços mínimos e que as cadeias estão preparadas para esta longa greve.
Na origem da greve estão as negociações com o Governo do estatuto profissional dos guardas prisionais.
Na semana passada, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, admitiu o diálogo com os guardas prisionais, mas vincou que «não há processo negocial sob ameaça de greve».