O secretário de Estado Fernando Leal da Costa argumenta que foram criadas condições para a contratação de 4190 médicos nos últimos três anos e que os clínicos têm «pleno emprego».
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O secretário de Estado Adjunto da Saúde considerou que a greve dos médicos marcada para esta terça e quarta-feira pela FNAM tem contornos claramente políticos.
«Os médicos são a única profissão que ainda hoje em Portugal tem pleno emprego», acrescentou Fernando Leal da Costa, que lembrou que desde que o atual Governo entrou em funções foram criadas condições para a contratação de 4190 clínicos.
Embora admita que a situação noutros grupos possa não ser idêntica à dos médicos, Leal da Costa recordou que o «único setor da Administração Pública cujos quadros têm aumentado de forma consistente nos últimos três anos é a Saúde».
Em declarações à RTP, o governante dirigiu também críticas à Ordem dos Médicos, considerando que, desde a alteração dos seus corpos dirigentes, «passou a ter uma atitude sindical e, pior ainda, alinhada estritamente com um dos sindicatos».
Fernando Leal da Costa lembrou ainda que «não terá sido por acaso que na sexta-feira a FNAM esteve reunida com a CGTP» e que esta central sindical já tinha anunciado um conjunto de ações na área da Saúde.
«Desde aí, tivemos a perceção clara, através do nosso conhecimento do terreno, que a FNAM se preparava para encontrar um momento para fazer esta greve que estava anunciada há muito tempo», concluiu.
Por seu lado, a presidente da Federação Nacional dos Médicos, sem avançar números, garante a «adesão é muito boa e será uma grande greve» e espera que a manifestação desta terça-feira frente ao Ministério da Saúde tenha também muita participação.
Em declarações à TSF, Merelinde Madureira adiantou ainda que os contactos para se apurar números relativos à greve apenas serão feitos a partir das 11:00.