Com uma quebra de atividade de 96%, a Groundforce decidiu colocar em lay-off 2.425 trabalhadores
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O presidente Groundforce, Paulo Neto Leite, diz que 11% dos funcionários têm que garantir operações diárias nos aeroportos e sublinha que a maior preocupação da empresa de handling foi manter os postos de trabalho. A partir de sexta-feira, 2425 trabalhadores vão entrar em em 'lay-off' e 69 terão o horário de trabalho reduzido.
"A nossa atividade caiu 96% em abril e o que fizemos foi dimensionar-nos, porque em alguns aeroportos prestamos serviço público. Por exemplo, no aeroporto do Porto Santo eu não tenho nenhum voo neste momento, mas tenho que ter uma equipa lá. Vão ficar 324 pessoas na operação normal e para estas tivemos uma preocupação grande - vão ficar a receber o salário integral, não optámos, como outras empresas, por fazer nenhuma redução".
Para fazer face a esta quebra, a partir de sexta-feira e por um período de 30 dias, que pode ser prolongado, 85% dos colaboradores da Groundforce entram em lay-off.
"Há 2.425 pessoas que vão ficar com suspensão temporária de contrato de trabalho, ao abrigo do lay-off, mas garantimos a todos 2/3 das remunerações fixas mensais. Nas áreas de suporte, vamos ter 69 pessoas que vão ficar com redução do horário de trabalho e da remuneração, que varia entre os 25 e os 25%".
A empresa decidiu ainda que "os diretores da empresa terão 20% de redução do período normal de trabalho e os administradores executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração".
Dos 19.840 movimentos previstos para o mês de abril, para os quais a empresa tinha dimensionado a operação em equipamentos e recursos humanos, apenas serão realizados 778.
Paulo Neto Leite diz que até ao momento há dois casos positivos de Covid-19 entre os funcionários da Groundforce.
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