Sindicato dos guardas prisionais denuncia falta de recursos humanos que pode conduzir a risco de incidentes graves.
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A Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional vai enviar a todos os chefes das cadeias uma minuta a pedir escusa de responsabilidade, uma forma de enviar "um sinal ao Governo para que atue".
Em declarações à TSF, o presidente da associação sindical, Hermínio Barradas, queixa-se da falta de recursos humanos para lidar com prisões sobrelotadas.
As "carências de recursos devido ao desinvestimento de pelo menos duas décadas resultam na falta de efetivo e também uma carência terrível de chefes nas unidades e o absentismo elevadíssimo de derivado das condições de trabalho a que os funcionários estão sujeitos", aponta.
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O sindicalista diz que muitos profissionais estão em situação de "burnout, em exaustão, com a sobrecarga de trabalho".
Há guardas prisionais obrigados a folgar apenas uma vez por semana quando fazem um serviço noturno "para manter o mínimo dos mínimos no estabelecimento prisional", revela. "Isto já é uma normalização de uma recorrência que afeta todo o direito laboral para manter uma instituição a funcionar muito mal."
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Com a falta de recursos humanos, Hermínio Barradas alerta para o risco de incidentes graves nos estabelecimentos prisionais.
"Todos nós estamos à espera de algum acontecimento grave a qualquer momento, num qualquer estabelecimento, por força das circunstâncias já referidas e depois já se sabe que a responsabilidade que vai ser pedida é sempre ao chefe de guardas, porque daí para cima toda a gente alega desconhecimento das situações", condena.