Onze cirurgiões ameaçam sair do Amadora-Sintra por readmissão de denunciantes de más práticas
A administração do hospital considera que este problema tem "remédio".
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Um grupo de 11 cirurgiões do Hospital Fernando da Fonseca, também conhecido como Amadora-Sintra, estão a ameaçar abandonar a unidade hospitalar, após a readmissão dos colegas que denunciaram más práticas médicas.
De acordo com o jornal Expresso, oito dos 11 cirurgiões já entregaram cartas de rescisão que terão efeito a 30 dias. Assim, a cirurgia geral do hospital fica reduzida a oito médicos e 12 internos em formação.
A administração da unidade hospitalar, contactada pelo Expresso, garante que este problema tem "remédio".
"O recém-nomeado Conselho de Administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca está a trabalhar ativamente, desde o seu primeiro dia de mandato, com o diretor de serviço de Cirurgia Geral num conjunto de soluções que visam ultrapassar um impasse relacional que envolve alguns cirurgiões com outros dois médicos especialistas. Para ultrapassar estes constrangimentos, o conselho de administração iniciou com os especialistas envolvidos uma atitude de diálogo e concertação diárias, tendo mandatado o diretor de serviço para a apresentação de propostas justas e equilibradas para a resolução do conflito latente", afirma a administração.
Os responsáveis do hospital asseguram que "as negociações decorrem com espírito de abertura e a bom ritmo, acreditando que a direção de serviço tem todas as condições para ultrapassar este momento" e garante à população que "a realização de cirurgias programadas não está em risco no curto prazo com a posição negocial que foi assumida por alguns cirurgiões".
A administração "credita no elevado sentido de responsabilidade demonstrado pela instituição e pelos seus profissionais e que será mantido na gestão deste diferendo".