"Há muitos mais do que o Rui, Tiago e João." Mayan garante que não será candidato à liderança da IL
Na sequência do anúncio de Cotrim de Figueiredo, que vai abandonar a liderança da Iniciativa Liberal até ao final do ano, no Café Duplo da TSF, Tiago Mayan considera que cabe ao partido "fazer a avaliação serena" de quem será o próximo líder.
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O antigo candidato presidencial da Iniciativa Liberal (IL), Tiago Mayan, ficou surpreendido com a saída de João Cotrim de Figueiredo da liderança do partido até ao final deste ano. No programa Café Duplo da TSF, Mayan garantiu que não será candidato à liderança e afirmou que o partido tem muitas alternativas.
"Não estava à espera [da saída de João Cotrim de Figueiredo]", confessou. "Eu entendo o que ele diz, manifestamente ele quererá abrir oportunidade para uma nova liderança para um novo ciclo político do partido", afirmou.
Tiago Mayan considerou que cabe ao partido "fazer a avaliação serena" de quem será o próximo líder, sublinhando que não será candidato "com toda a certeza". "Há muitos mais do que o Rui, Tiago e João neste partido."
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Rui Rocha é, para já, o único nome falado para suceder a Cotrim de Figueiredo na liderança da Iniciativa Liberal. Em comunicado enviado à agência Lusa no domingo, o deputado eleito por Braga anunciou a sua candidatura à liderança do partido, sob o lema "Liberalismo para todos".
A IL foi um dos grandes vencedores da noite eleitoral de 30 de janeiro, passando de um para oito deputados, sendo, nesta altura, a quarta força política no Parlamento.
João Cotrim de Figueiredo anunciou a sua saída através das redes sociais e pediu a marcação de eleições antecipadas para a comissão executiva do partido, já que "não será novamente candidato".
A convenção do partido, de caráter eletivo, estava já marcada para dezembro de 2022 e ganha especial relevância com o anúncio de Cotrim de Figueiredo. A convenção "será aberta à participação de todos os membros e irá eleger a nova Comissão Executiva do partido e aprovar a moção de estratégia global para os próximos dois anos".
"Faço-o após três anos à frente de uma equipa que difundiu as ideias liberais, que fez crescer a IL e que a tornou incontornável na cena política nacional. Esta decisão, pessoal e politicamente difícil, deve-se ao facto de entender que a estratégia para que o partido continue a crescer deve ser diferente daquela que o fez crescer de forma significativa até agora", lê-se numa nota de João Cotrim de Figueiredo, publicada nas redes sociais.