Ministro Pedro Nuno Santos reconhece que a empresa está "entre a espada e a parede".
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O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, revelou esta sexta-feira que há "perto de 500 pessoas" identificadas para o despedimento coletivo na TAP e que esse mecanismo não está afastado.
A empresa "está entre a espada e a parede e a necessidade de reduzir o custo com o pessoal e o número de efetivos tem apenas, como objetivo, que a empresa se salve".
"Não é uma questão de chantagem", assegurou o ministro em entrevista à SIC. Neste momento, "há perto de 500 trabalhadores identificados para um despedimento coletivo", reconheceu o governante, antes de acrescentar que "obviamente ainda há tempo para optarem pelas medidas voluntárias" de saída da empresa.
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Por outro lado, há 6240 trabalhadores da TAP quem já foi enviada uma "carta de conforto" que garante a sua continuidade na empresa.
Sobre as negociações do plano de restruturação com Bruxelas, Pedro Nuno Santos garantiu que "estão a correr bem", mas deixou a ressalva de que esse trabalho ainda está em curso.
"Estamos a implementar o plano de reestruturação no que diz respeito, por exemplo, aos custos laborais. Não estamos à espera da aprovação para o implementar", garantiu.
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A Comissão Europeia aprovou esta sexta-feira um auxílio estatal intercalar de Portugal à TAP, no valor de 462 milhões de euros, para compensar prejuízos devido à pandemia de Covid-19, mas ainda não concluiu a avaliação do plano de reestruturação.
"A Comissão Europeia considera que a medida de apoio portuguesa a favor TAP, no valor de 462 milhões de euros, está em conformidade com as regras da UE em matéria de auxílios estatais, [já que] a medida visa compensar a companhia aérea pelos danos sofridos devido ao surto de coronavírus entre 19 de março e 30 de junho de 2020", informa a instituição em nota de imprensa.