"Hasta la vista, adeus": o "sonho" de Rui Rocha, que nota "fuga" do Governo e ataca Pedro Nuno Santos
O presidente da IL refere que "não há cansaço, para quem sonha" com um país diferente.
Corpo do artigo
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, dirigiu-se ao primeiro-ministro, António Costa, confessando que "não esperava que a fuga do Governo acontecesse tão depressa" e defendendo que, ainda assim, a fuga às respostas foi constante.
No encerramento do debate sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2024, Rui Rocha lembrou que, agora, "a culpa é do parágrafo, mas não foi o parágrafo que escolheu Lacerda Machado para melhor amigo".
"Não foi o parágrafo que fechou urgências um pouco por todo o país", acrescentou, considerando que existem também respostas em falta na habitação ou no emprego dos jovens, com "um milhão de portugueses condenados à pobreza".
"Não foi o parágrafo que apresentou este Orçamento que bate mais um recorde de carga fiscal, e não resolve coisa nenhuma", disse.
Rui Rocha sublinhou que, entretanto, o PS deu um passo atrás no aumento do IUC, porque "as questões ambientais são preocupação às quintas, sextas e sábados, porque aos domingos há eleições".
"Muita coisa mudou e o deputado Pedro Nuno Santos diz que já não é esquerdista, mas é social-democrata", com Pedro Nuno Santos a assistir na última fila com um sorriso.
O líder da IL referiu um desatino" que une Pedro Nuno e o Bloco de Esquerda, atingindo também o PCP que "continua a apresentar as mesmas propostas".
Depois de várias interrupções, principalmente pela bancada do PS, Rui Rocha disse que "todos os dias sonha com um país em que a conversa das famílias à mesa do café é sobre os filhos e netos que podem ficar", numa referência à migração. Para o líder da IL, "não há cansaço, para quem sonha" com um país diferente.
A 11 de março, Rocha garantiu que "vão cumprir-se" várias mudanças e, "em jeito de despedida", aconselha Costa a "escolher os amigos": "Hasta la vista, adeus".