A Igreja Católica criticou os desacatos com que marcaram a Greve Geral de quarta-feira, ocorridos frente à Assembleia da República, sustentando que a violência fragiliza as causas.
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Não escaparam às questões sociais as perguntas dos jornalistas na conferência de imprensa presidida pelo bispo do Porto, vice-presidente da Conferência Episcopal.
Questionado sobre o que teria para dizer à troika se se reunisse com ela, D. Manuel Clemente respondeu: «Quem nos visita, quem nos acompanha, quem nos fiscaliza, que entrasse em linha de conta com a realidade portuguesa na sua pluralidade, na sua complexilidade.»
O bispo do Porto considera, entretanto, que esse papel de informação à troika, mais do que aos bispos, compete aos responsáveis das instituições particulares de solidariedade.
Sobre os desacatos que marcaram o dia da greve geral, D. Manuel Clemente considerou que todos perdemos.
«Para já, trata-se de uma grande injustiça. Depois, a violência é sempre perdedora. Se não for no curto prazo, é a médio prazo, para além de enfraquecer as causas», sublinhou.