A IL quer saber quando é que António Mendonça Mendes informou António Costa da chamada com João Galamba.
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A Iniciativa Liberal (IL) vai enviar para o palácio de São Bento mais uma pergunta para António Costa, depois de o primeiro-ministro ter respondido às questões do PSD. Rui Rocha considera que continuam a faltar esclarecimentos sobre a chamada de João Galamba para o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro.
Pouco depois da polémica, os liberais enviaram um conjunto de questões para António Costa, que ainda não foram respondidas, apesar de as respostas do primeiro-ministro ao PSD surgirem menos de 24 horas depois do envio das perguntas.
Depois de António Costa garantir que a intervenção do SIS "não resultou de sugestão do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro", a IL quer saber quando é que António Mendonça Mendes informou António Costa da chamada com João Galamba.
"Continua a não haver uma explicação e uma versão concreta relativamente ao telefonema de João Galamba a Mendonça Mendes. Já foram citados vários ministros por João Galamba, o próprio primeiro-ministro foi citado e veio valar, Mendonça Mendes foi a única pessoa citada e ainda não respondeu a qualquer pergunta", insiste Rui Rocha, em declarações aos jornalistas.
Rui Rocha lembra que o caso, que ocorreu na noite de 26 de abril, já tem mais de um mês, pelo que pergunta ao Governo socialista: "O que se passa aqui?".
Aos jornalistas, o líder dos liberais volta a defender a demissão de João Galamba, notando "contradições" entre a versão do ministro e a de António Costa. Rui Rocha define até um prazo de validade para o ministro das Infraestruturas: o dia da audição de António Mendonça Mendes no Parlamento.
"Parece impossível, mas é verdade. João Galamba consegue estar ainda mais fragilizado do que já estava. Não sei como é que João Galamba, perante o avolumar destes casos, pode superar o dia 6 de junho, porque espero que Mendonça Mendes venha dizer verdade", atira.
Rui Rocha considera que, "caso Mendonça Mendes diga a verdade" aos deputados, o ministro das Infraestruturas "não passará do dia 6 de junho".
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro vai ser ouvido na Assembleia da República a pedido dos liberais, que apresentaram um pedido potestativo depois do chumbo do requerimento pelos deputados do PS. A data está pendente da confirmação do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.